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En salud publica, hay que ser pesimista, pero sin perder el tesón jamás.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Catapora e (falta de) comunicação de risco

Não sei exatamente como foi a comunicação da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, se houve alguma distorção, mas o que saiu na imprensa de Brasília durante o dia de hoje sobre a catapora, foi que a Secretaria considerava que "não havia surto" e que a "situação era esperada". Esse tipo de comunicação resume bem a postura tradicional, e muito pouco efetiva, de nossas autoridades sanitárias. Diante de um evidente surto (mais de 6.000 casos e 4 mortes), ao invés de aproveitar a oportunidade para informar aos pais como proteger ou como mitigar a situação, tenta-se de todas as maneiras dizer que "tudo está normal". Para mim soa como desrespeitoso diante das mortes e pouco educativo para a população. O nosso velho dilema é que sempre comparamos casos e mortes com o passado, enquanto a população, corretamente, se pergunta como achamos normal esses casos e mortes, quando já existem tantas tecnologias para evitá-las? Já chamei isso de "paradoxo epidemiológico" porque as percepções sobre um mesmo fato são completamente diferentes.

2 comentários:

  1. Esta questão da catapora, dr. Jarbas, remete invariavelmente à dengue e indica a forma como as situações são, muitas vezes, minimizadas pelo poder público no sentido de "tranquilizar" os ânimos da população. Cada vez mais, percebe-se como a questão cultural - embora seja pouco considerada do ponto de vista científico - afeta a tomada de atitude da saúde pública.

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  2. Concordo inteiramente, Marcelo. A cultura de nossas autoridades sanitárias sempre é de negar a situação. Como fazem isso sempre, quase no "piloto automático", nem a imprensa, nem a opinião pública acreditam e se perdem oportunidades de informar a população por intermédio da mídia.

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