Soube que na Expoepi que se inicia hoje haverá uma comemoração pelos 10 anos da própria Expoepi e do Episus. Fui entrevistado por jornalistas da SVS/MS para explicar como começamos as duas iniciativas. Desejo uma excelente comemoração aos que forem participar, pois, sem dúvida, são iniciativas que ajudaram a mudar o perfil da epidemiologia aplicada aos serviços de saúde no Brasil.
A Expoepi nasceu pequena, pouco mais de 200 participantes, no Hotel Nacional, e com muitas dúvidas sobre seu futuro. Hoje, está consolidada como o espaço em que os serviços de saúde realizam intercâmbio de experiências, mostram suas “boas práticas” e atualizam seus conhecimentos técnicos.
A motivação para começar a Expoepi nasceu da convicção que faltava, no calendário de eventos da saúde pública no Brasil, um evento de caráter técnico-científico voltado para os serviços de saúde. Onde eles fossem os protagonistas, estivessem nas mesas-redondas, e não apenas na platéia. Uma das coisas que sempre me emocionou, na Expoepi, é assistir, nas mostras competitivas de boas experiências, pequenos municípios apresentarem, orgulhosamente, como conseguiram superar, com dedicação, competência e criatividade, as dificuldades que todos os que trabalhamos com prevenção e controle de doenças enfrentamos.
Mais do que o mero intercâmbio técnico-científico, a Expoepi também tem servido para melhorar a “autoestima” dos epidemiologistas de serviços do Brasil, provando que é possível fazer melhor e contribuir mais para a saúde dos brasileiros. Para a equipe que comigo iniciou a Expoepi, ainda no tempo do Cenepi, e depois a continuou durante a SVS, superando inclusive algum ceticismo e questionamentos sobre sua validade, meu reconhecimento, agradecimento e parabéns. Que a Expoepi mantenha seu espírito e se consolide cada vez mais como uma referência para todos os trabalhadores da saúde pública do país.